O propósito da marca – conversa versus conversão

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Grana ou propósito?

Faturamento ou posicionamento?

Será que precisamos mesmo escolher um ou outro?

Fomos sacudidos por um evento sem precedentes.

A pandemia mudou a forma das relações ao redor do mundo, do mundo inteiro e de todo mundo.

Em se tratando especificamente sobre as marcas e as suas relações com quem as consome, a interação com os consumidores foi transformada radicalmente.

Antes mesmo da Covid-19, já existia um processo de preocupação com questões de propósito de uma marca. Ou seja, o que a marca quer deixar como legado para o mundo e como ela quer ser vista pelo público que a consome?

Sendo prático… você prefere consumir de uma empresa que usa capital humano em condições de trabalho sub-humanas ou de uma marca que se preocupa com as queimadas no Amazônia e usa matéria prima reciclada para fabricar seus produtos?! Embalagens recicladas, a não testagem de produtos químicos em animais ou a logística circular dos produtos interferem na decisão de compra?

E que tem a ver o Coronavírus?

Pois então…

Como uma marca vai comunicar e conversar com o mercado consumidor quando tudo está mudado ou sendo transformado? As crenças e as preocupações já não são mais as mesmas. Os hábitos de consumo, transformados. A capacidade de compra, pulverizada. Os hábitos de consumo estão sendo repensados para atitudes mais conscientes.


É possível ser economicamente rentável, se manter no tabuleiro do mercado e ser percebido como uma marca bacana?


O novo normal mostra que sim.


Imagine um livro didático de marketing e um gráfico onde sendo o eixo x CONVERSA (mídia/propaganda/publicidade) e o eixo y CONVERSÃO (venda/faturamento/$).

Agora posicione as marcas que você consome no seu dia a dia e questione-se:


– A marca te induz a comprar o produto/serviço que ela oferece sem muita intimidade ou ela prefere conversar contigo e te mostrar um propósito?

Ou então.

– A marca já conversou contigo de uma forma que tu julgou suficiente para que tu consideres ela como marca preferida?

Ou.

– O que uma marca precisa fazer para combinar contigo, ser consumida e defendida por ti?

São estes os dilemas que uma marca precisa levar em consideração no “novo normal”.

O conceito de branding nunca fez tanto sentido. Alinhar o posicionamento de marca, propósito de negócio e valores da empresa já era uma tarefa que envolvia muita dedicação. Hoje passou a ser um diferencial aos olhos do consumidor na decisão de compra.

Construa a sua marca da forma como como você quer deixar de legado para o mundo, pense nos valores que foram absorvidos no seio familiar e como tu gosta de tratar e ser tratado por quem você ama.

Comunique-se com seu público de forma estratégica, inteligente e emocional. Procure os meios corretos para sua marca conversar com o seu público.

Grana ou propósito?

Faturamento ou posicionamento?

Será que precisamos mesmo escolher um ou outro?

Texto escrito em colaboração com Marcelo Dytz Piccoli e Gabriel Fontanive Dupont